Pensei muito como iniciaria meus posts sobre Gestão e venho incubando a ideia há dias. Portanto, o primeiro post desta área será sobre os obstáculos de abrir um negócio!
Hoje, enquanto tomava banho e ouvia música, tive o insight que precisava. Sim, sou dessas que incuba a ideia por dias, penso, vejo séries, novelas, caminho, dou aulas, converso muito.
A ideia fica perambulando pelo meu cérebro até se formatar.
As ideias para abrir um negócio não precisam ser espetaculares e totalmente novas, podem ser sim, e acho que até devem ser, simples ou derivadas de outras ideias já existentes. Ou podem vir a solucionar problemas diários, para serem mais facilmente trabalhadas, compreendidas e dai sim, experienciadas.
Acho maravilhoso todo esse movimento para criar, inovar, buscar por metodologias ágeis (Scrum, Kanban, Dailys, etc) e inteligentes que vem ocorrendo. Sou mega fã de criatividade, no entanto, no mundo dos negócios não basta só ter uma boa ideia.
Ter ideias é ainda um ponto complicado na área de Gestão, que ainda mantém resquícios de conservadorismo com relação a ideação. Acompanho semestralmente, em sala de aula, principalmente, alunos que tem muita dificuldade em ter ideias. Na verdade, eles têm dificuldades de gerá-las, em razão, basicamente, do baixo repertório de conhecimento que apresentam, mas claro, há boas exceções. Aproveito para ratificar que é preciso investir em disciplinas de criatividade nas Escolas.
Voltando ao que interessa: Você é um daqueles que acham que Design Thinking e a Modelagem Canvas são as ferramentas “the best” que resolvem tudo?. Eu me divirto com isso, sério e não me levem a mal, mas eu só penso que há um exagero na questão.
Explico. O design thinking por exemplo, acho super legal as pessoas descobrirem que pensar como um designer (que projeta produtos com base no que as pessoas necessitam) seja a ferramenta da vez e agora, passe a ser adotado pela Gestão das Empresas.
Deste modo, a ferramenta veio para quebrar alguns paradigmas na Gestão, principalmente, o de que não se deve usar de ludicidade para gerenciar.
O Canvas é hoje uma das maravilhas do mundo dos negócios! E talvez até seja, não duvido que auxiliou muita gente a pensar e a repensar suas ideias de negócio. A ferramenta é muito legal, principalmente porque nasceu de compartilhamentos e tem proporcionado uma visão gera; sobrecomo serão os negócios. No entanto, vamos pensar assim: sozinhas não resolverão tudo! São ferramentas que auxiliam a dar o pontapé inicial ao seu negócio.
Para abrir um negócio é preciso muito mais. Além disso, canso de ver a frustração de alunos e de pequenos empresários quando digo isso das ferramentas, eles torcem o nariz para mim.
Sendo assim, a sequência é mais ou menos essa: Uso o design thinking e tive a Ideia! Beleza, vamos modelar? Usa o Canvas! Pronto, ideia modelada e vamos agora testar. Ai é que se iniciam os erros pois falta planejamento. Portanto, é necessário um planejamento estratégico que englobe as áreas de produção, marketing, logística, pessoas, finanças dentre outros (dependendo do negócio) para poder verificar se vale a pena investir na ideia.
Para tal, existem também outras ferramentas e metodologias, dentre elas: Pesquisa de Mercado para descobrir os desejos e necessidades do consumidor e definir o Persona da marca. Na sequência, desenhar a jornada do consumidor (entender qual o caminho que ele utiliza para adquirir um produto ou serviço). Testar o MVP (produto mínimo viável, que consiste em lançar um novo produto ou serviço com o menor investimento possível, para testar o negócio antes de aportar grandes investimentos). Depois, desenvolver a análise de macro e microambiente, plano de marketing, de pessoas, financeiro, etc.
Já cansou de ler?
Deste modo, um planejamento exige uma série de levantamentos e testes até se chegar à viabilidade e no tempo de retorno dos investimentos. Vou falar disso mais tarde.
Muitas empresas fecham em um ano…eu digo sempre, ou não planejou direito ou se arriscou, mesmo quando o plano indicava que não teria sucesso! Sim, isso acontece mais do que se pensa! Um dos maiores erros dos empreendedores é não planejar adequadamente.
De acordo com o SEBRAE, 7% das empresas fecham por falta de lucro, 20% encerram o negócio por falta de capital e quase 50% dos pequenos empresários do Brasil não sabem precisar se têm lucro ou prejuízo. Pois digo que estes dados indicam que as empresas fecham por falta de uma gestão adequada dos seus recursos.
Então, já se sabe que para abrir um negócio é preciso muito planejamento e sou adepta do Plano de Negócios (PN).
Depois da ideia já testada, se passa para as etapas de pesquisa, benchmarking (processo de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais) e, análise do ambiente.
Uma ferramenta que adoto direto pela simplicidade de construção e de entendimento e que te auxilia a elencar pontos internos e externos ao seu negócio de forma rápida, é a SWOT (Strengths, Weaknesses, Oppotunities e Threats), ou, como eu curto chamá-la, análise FOFA = Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.
As pessoas geralmente encontram dificuldades na análise externa, por não terem hábito de ficar atentos aos fatores externos ou ainda, por não saberem mesmo, quais deles impactam no seu negócio. Outros, tem dificuldade também ao olhar para “dentro” ao não visualizarem com verdade o ambiente interno do seu negócio.
Bom, muita gente me pergunta como fazer análise interna quando a empresa ainda não está instalada. Então, mesmo que o negócio seja novo, você tem que fazer uma análise dos fatores internos, buscando ficar dentro de uma realidade bem transparente.
Deste modo, a base para tal é justamente lançar mão da sua modelagem (Canvas) e elencar o que você vai oferecer de força (pontos positivos) e reconhecer os seus pontos fracos (pontos onde precisa melhorar, não gosto de pontos negativos).
. Exemplos de Forças: Localização estratégica; Know How (conhecimento/experiência na área); Preços competitivos; logística bem desenvolvida etc.
. Exemplos de Fraquezas: o principal problema de uma organização: mão de obra sem qualificação suficiente; produção com ineficiência na questão sustentável; comercial desorganizado; marca sem força de mercado (desconhecida) etc.
Sendo assim, para saber mais sobre o processo de abrir um negócio de forma simples e didática, fique ligado em meu blog e em minhas redes sociais!