Eu iniciei os posts sobre Gestão escrevendo sobre abrir um negócio e como planejar é necessário. Além disso, comecei abordando a Análise SWOT, com os fatores internos. Deste modo, em meu próximo artigo, quero falar sobre a SWOT, mas a parte de ameaças e oportunidades, uma análise do Ambiente Externo e seus impactos no negócio.

Acompanhem, vai ser legal!

Sede por aprender

Em tempo, hoje, vendo um stories de uma aluna super envolvida com seus estudos e negócios e com uma “sede” por aprender, a mesma comentou que nas palestras, eventos, workshops sente falta que os palestrantes falem sobre as dificuldades e até mesmo sobre os seus fracassos, pois o normal é enaltecerem o que deu certo.

Portanto, esse interesse dela veio ao encontro do porquê comecei com o post “Abrir um negócio não é moleza”, onde sinalizo que abrir um negócio exige muito empenho e dedicação e assim, eternamente. Quem tem um negócio não tem descanso, é um eterno gerenciamento do ambiente.  E, posso afirmar isso com muita certeza.

Meu primeiro negócio e a falta de experiência

Abri meu primeiro negócio aos 26 anos (sim, já mais velha, não como a “gurizada” de hoje, que tem muito mais oportunidades e facilidades), quando fui morar no meio oeste de Santa Catarina – já contei um pouco desta história neste artigo!

Escolhi uma franquia, justamente pela minha falta de experiência e foi muito bom. Apesar da Franquia também ser nova, ela já me proporcionou um modelo de negócio pronto.

Foram experiências boas e ruins dos dois lados, mas também, muitos aprendizados!  

De minha parte, o primeiro desafio foi achar um espaço para abrir a loja na Cidade de Caçador. Tive que reformar um açougue, isso mesmo, com menos de 20m2. Meu sogro que reformou, ficou simples, pequeno, mas muito simpático.

Inaugurei e acreditem: Vendi tudo o que tinha no estoque em 1 dia!

Tive que fechar no segundo dia, coloquei uma placa na frente avisando que reabriria no dia seguinte e fui de carro a Brusque buscar mais.

Erros Cometidos ao abrir a Loja

• Errei ao não prospectar os clientes adequadamente (eu tinha um pacote com mais de 200 cartas de moradores de Caçador que tinham pedido que a Franquia abrisse lá). Só isso já era um indicador que que o que eu tinha comprado não daria para atender a todos.

• Eu não tinha alguém para me auxiliar – pensei: a loja pequena, me viro sozinha! Aham, quase precisei chamar a polícia para organizar a fila e veio marido, office boy do marido,  faxineira da minha casa e não demos conta!

• Subestimei a marca achando que não tinha tanta força de comunicação.

• Não me certifiquei que eles não tinham planejamento para produção quando do aumento de Franquias. Sério gente! A Colcci investia muito em comunicação e, a marca cresceu vertiginosamente, a ponto de não conseguir atender as franquias com mercadorias o suficiente.

• Não tinha conhecimento que a franquia mantinha sacoleiras na cidade e região com preços mais altos que o meu, porém, que faziam parcelamento e claro, com minha inexperiência vendeu enquanto eu não tinha mercadoria e depois me deu muita dor de cabeça.

• O suporte da Franquia para vendas, estoque, logística deixava a desejar e foi durante muito tempo o meu grande problema.

Eu e minha lojinha sobrevivemos!

Planejar, planejar e planejar!

Eu, mesmo planejando o que foi possível, errei, imaginem que não planeja? Lembre-se: planejar é necessário!

Pois é, depois de tudo isso, eu fiz um novo plano (desta vez para crescer e ampliar). Em menos de um ano inaugurei uma loja maior, na principal avenida de Caçador, em dois anos já tinha uma filial na Cidade de Videira e em 3, uma filial em Fraiburgo.

Errar faz parte, mas continuar errando é o que acaba com um negócio.