Todos os dias leio muitas coisas nas redes, além do interesse pelo que está acontecendo pelo mundo e com as pessoas, busco também inspiração. E hoje, sem querer, através do face de uma amiga, abri o youtube do Tempero Drag e lá estava a Rita, falando sobre o FoMO e muito bem abordado, recomendo.
Bom, de acordo com Cortez (2018), FOMO é uma sigla cunhada em 2004 por Patrick J. McGinnis em um artigo na revista “The Harbus”, da Harvard Business School, e vem do termo fear of missing out, que, em português, quer dizer algo como “medo de ficar de fora”. FoMO é o medo de perder ou ficar de fora de alguma coisa!!!
Dai eu fiquei pensando: isso é o nome de algo que sempre existiu, medo de perder; de ficar de fora de alguma coisa; de ficar para trás; medo de não ser tudo o que os outros esperam, ou ainda, medo de não ser igual ao que os outros já são (ou pelo menos postam que são)… e por ai vai, medos nos rodeiam o tempo todo.
Bem, o termo FoMO se intensificou com a internet, mais especificamente, com as redes sociais. Está muito relacionado à necessidade das pessoas em acessar as mídias sociais dos outros.
Até aqui acredito que todos que estão lendo estão pensando: sim, todos nós sofremos de FoMO. O fato é que algumas pessoas sofrem mais e passaram a desenvolver ansiedade e uma necessidade de acessar às redes sociais o tempo todo; de saber tudo o que acontece; como acontece; onde acontece e, com quem acontece, mais do que outras.
Basta um clique para iniciar o acesso às redes sociais, que pode por sua vez, prolongar-se por horas o que, além de tomar muito do seu tempo, pode gerar sentimentos que não muito agradáveis à autoestima das pessoas, como: a inveja, a insegurança e surge também a questão da comparação de sua vida com a dos outros.
Não! FoMO é um sentimento de mal-estar e pode se agravar e gerar de ansiedade à depressão, explica Sylvia van Enck, psicóloga do Programa de Dependências Tecnológicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Deste modo, fazendo agora um link com o último vídeo do Berlin Tech Talks que assisti, canal da Ligia Fascioni e do Claudio Villar, onde abordaram o Livro Hooked, que trata de como criar produtos que formam hábitos, eles disseram que há um índice onde 80% dos smarphones são checados em até 15 minutos após o acordar, ou até menos, dependendo de quem é a pessoa e do grau de vício. Eu recomendo o canal e o vídeo para que entendam como estamos cercados por produtos que nos viciam, acesse aqui.
As pessoas têm uma necessidade de checar seus aplicativos o tempo todo e, ao ouvir o “plim” de seus aparelhos indicando mensagem, é praticamente automático, a pessoa nem percebe. A sensação de que podem ter perdido algo no mundo durante o último minuto é algo inexplicável.
Isso é FoMO!
Sério gente! Eu acordo todas as manhãs e antes de levantar, pego o celular para fazer um check em meus aplicativos e ver o que está acontecendo pelo Mundo. Acesso as notícias primeiro (sim eu me preocupo se algo aconteceu no mundo e vai me afetar antes de qualquer coisa), depois o whatsapp e depois, duas ou três redes sociais, tudo isso para saber o que perdi enquanto eu dormia.
Eu sofro de FoMO! Com certeza!
Mas assim, stalkear a vida dos outros não é muito a minha, no entanto, é a de muita gente. As pessoas podem estar tão obcecadas em verificar a vida dos outros, que a sua própria vida está ou será, negligenciada, o que pode gerar: infelicidade, apatia, raiva e ressentimento, dentre outros sentimentos não legais e, acabar interferindo no prazer da vida real. E pode também, interferir nas relações pessoais e gerar conflitos.
É mentalmente exaustivo acompanhar o twitter, facebook, e-mails, grupos do whatsapp, aplicativos, smartphones entre outros, vocês concordam?
Já viram como os outros sempre viajam? Estão sempre em restaurantes que fazem pratos magníficos? Em baladas loucas e maravilhosas? E em todos os lugares da moda? São Magros, lindos e ricos? rsrsrss
Quer ver na parte profissional, onde alguns são mestres na resolução de problemas e tem sempre uma solução para você, basta você se inscrever e baixar um E-book!!!rssrsrs
Eu confesso, tenho “trocentos” com download feito e acreditem lidos! Mas a maioria não resolve nada rsrsrs…mas ok, isso é outro assunto! Você não se sente um “peixe fora d’água”? Inadequado ao Mundo por não estar fazendo o mesmo?
Agora pensem! Como assim, EU estou inadequado, enquanto meus amigos postam só felicidade e como são maravilhosos nas redes sociais?
Sendo assim, nem precisava escrever aqui, mas é claro que isso se reflete profissionalmente! O psicológico influência, e muito, nas suas habilidades e comportamentos. Para saber mais, clique aqui.
As redes podem consumir a vida de uma pessoa se ela não administrar seu tempo e pior, podem fazer com que as pessoas se sintam incapazes e tornarem-se tão depressivos a ponto de não darem conta da própria vida e do trabalho.
De acordo com pesquisas nos EUA e no Reino Unido indicaram que os jovens adultos são obrigados a se comprometer com tudo, e, caso não consigam, sofrem de FoMO, sentindo-se inadequados ao sistema e assim e acabam ansiosos, depressivos e com doenças que passam pela fadiga física e mental, até dores de cabeça intensa e crises de ansiedade.
Vivemos uma sobrecarga de informações e na era do conhecimento, o segredo é poder selecionar dentre elas a que lhe serve, mas eu pergunto: como?
Portanto, vou lhes dizer o que faço, mas escolha sempre o seu próprio caminho, dentro do que lhe faz bem:
. Diga mais nãos!
. Seja inteligente nas mídias sociais, selecione o que realmente lhe trouxer bem-estar e atenda a seus interesses específicos;
. Concentre-se em quem você é e viva sua vida real;
. Desconecte-se mais ou durante maior tempo;
. Exercite-se, aprenda algo novo (tricô; pintura; cozinhe; faça um scrapbook, seja voluntário!
. Aceite que nem tudo está a seu alcance, que coisas podem acontecer no Mundo, sem que você esteja participando!
. E última e mais importante, lembre-se da frase da sua mãe: VOCÊ NÃO É TODO MUNDO!
Todos nós podemos desfrutar de tecnologia com moderação e ter uma vida fora das mídias, só querer! Hummmm…..será? SEJA FORTE!
PS: Caso você não tenha se identificado com o FoMO, sugiro que você leia meu novo post sobre JoMO: a alegria de não estar em todas! Clique aqui!