A Camila Yahn da FF publicou uma matéria super bacana sobre um novo segmento na linha do Fast Fashion, que vem crescendo no mundo todo e neste exemplo, que cita a H&M que lançou um projeto de coleção disponível apenas para aluguel – infelizmente só na Flagship (flagship store ou concept store é uma tendência mundial e proporciona ao consumidor uma nova experiência de compra) de Estocolmo.
Este contexto faz parte das preocupações tanto do consumidor quanto das empresas sobre o impacto da indústria da moda ao meio ambiente. O fato é que é preciso lançar mão de novas possibilidades e não só lojas mais populares estão com ações de alugar roupas, mas marcas do fast fashion luxo também já indicaram que vão adotar.
A H&M lançou uma coleção limitada com cerca de 50 vestidos e saias vindos das coleções Conscious Exclusive entre 2012 e 2019 – as peças giram em torno de US$ 36. E uma vez que os itens voltam para a loja, são lavados a seco.
Considerando que até 2025 a população mundial atingirá aproximadamente US$ 335 bilhões, pensem que quanto se pode ganhar com uma ação como alugar roupas? E quais são os benefícios deste modelo de negócios?
Dentre eles :
– Redução de impactos ambientais;
– Atrair públicos engajados e ampliar a carteira de clientes;
– Evitar o que se chama de wardrobing – ato de devolver a peça adquirida após usá-la, dizendo que se arrependeu e claro, utilizando o prazo de troca que as marcas possibilitam. Nota. Essa ação é velha conhecida dos lojistas, se age desta forma há muito tempo, a diferença é que agora parece que o “sistema” tornou-se institucionalizado.
– Dar novos usos a peças que não são vendidas nas coleções atuais e evitar as liquidações e até mesmo porque não dizer, peças que vão para o lixo;
– Possibilidade de usar algo que não poderia comprar e atender às expectativas pessoais, onde a moda atua muito bem, que é o desejo e status;
– Se livrar do excesso de roupas que se adquire inconscientemente e, ter mais espaço em casa – já que outra tendência são imóveis com metragem pequena.
O mais utilizado é o Modelo de Assinatura, que funciona ao oferecer um produto ou serviço de forma contínua cobrando de forma recorrente, normalmente através de mensalidades. Apesar da cobrança mensal ser a mais comum, elas também podem ocorrer anualmente, semestralmente, trimestralmente, semanalmente ou mesmo diariamente.
Com este modelo, as empresas procuram melhorar seu fluxo de caixa através de pagamentos recorrentes automáticos, ao mesmo tempo em que proporcionam maior valor ao longo do tempo.
Forças – O modelo de assinatura sofre com a menor variação das receitas em seu fluxo de caixa. Por causa das renovações automáticas e da oferta de produtos e serviços de maneira contínua, empresas já iniciam os meses contábeis com previsão de receita mais precisa e, portanto, podem se programar seus custos diretos, gastos e investimentos.
Fraquezas – O modelo de assinatura sofre com as altas taxas de cancelamento, principalmente se o equilíbrio entre valor agregado e assinatura não estiver otimizado.
Para obter sucesso com o modelo de assinatura é necessário trabalhar ao máximo estratégias de redução de cancelamentos e perda de clientes.
Apesar de muitas empresas adotarem estratégias de contratos com prazo mínimo e multas de rescisão, os clientes de hoje em dia estão menos dispostos a entrar em relações comerciais com esse tipo de imposição. Portanto, o ideal é que as estratégias estejam voltadas para criar um vínculo de dependência do valor agregado pelo serviço ou produto fornecido no dia a dia do cliente.
Uma das dificuldades pode ser a logística – mas um bom planejamento pode sanar isso. Então processos para alugar, entrega, devolução, limpeza dentre outros, são fundamentais na opção pelo modelo.
Outra dificuldade é cultural. Muitas pessoas ainda têm preconceito com o sistema, nem mesmo adquirem peças em Brechós porque outra pessoa já usou. Mas isso é questão de tempo, de bolso e até mesmo de mindset – O termo mentalidade se refere a uma predisposição psicológica que uma pessoa ou grupo social têm para determinados pensamentos e padrões de comportamento.
No Mundo:
– Rent the Runway
– Le Tote
– American Eagle
– Urban Outfitters
No Brasil:
– Roupateca
– House of Bubbles
– Loc
– Enjoei (consumo colaborativo)
Em Florianópolis: