Há uns 3 anos eu fui a um evento onde ouvi pela primeira vez a expressão Mundo VUCA, ou como alguns popularmente já chamam: Mu.V.U.C.A. e como sempre, eu anotei a expressão e depois fui fazer pesquisa, aliás, vocês fazem isso também?
Então, VUCA é um acrônimo (Palavra que se forma pela junção das primeiras letras ou das sílabas iniciais de um grupo de palavras ou de uma expressão) que descreve algumas características atuais do Mundo, mais especificamente significam:
– V = Volatilidade (Volatility);
– U = Incerteza (Uncertainty), onde o U vem do inglês;
– C = Complexidade (Complexity) e,
– A = Ambiguidade (Ambiguity).
O acrônimo refere-se às mudanças constantes a que somos submetidos e à necessidade de sermos mais ágeis nas respostas que temos que dar.
Essa é justamente a dificuldade que os profissionais enfrentam atualmente, ou seja, deixar de lado o pensamento linear e os velhos conceitos. E aqui cabe referir-se ao buscar ser mais criativo, olhar para o mundo de uma forma mais abrangente e atenta e entender que o futuro pode não ser desvendado, mas pode ser antecipado em alguns pontos ou ao menos, serem reduzidas as incertezas de erros.
A velocidade de mudanças só tende a aumentar. Não há espaço mais para a lentidão de pensamentos e ações!
– Ser mais Volátil: perceber o mundo em volta, principalmente relacionado ao seu trabalho e a seu negócio. Apresentar rapidez de ação e se possível, estudar sempre e manter-se atento ao que está por vir.
– Atuar num cenário incerto: muitas empresas adotam a ferramenta de cenários prospectivos que surgiu na década de 70 e foi muito utilizada pela Empresa Shell (clique aqui para acessar os cenários do futuro da Shell) para prospectar futuros possíveis, dentro de um leque de expectativas entre otimistas e pessimistas, abordando as variáveis ambientais e claro, as fraquezas internas da empresa, para então, traçar estratégias que possam impactar em cada cenário de forma a solucionar problemas.
É preciso compreender que o grau de incerteza permeia os negócios hoje e vai impactar no amanhã e que o amanhã apesar de eu prospecta-lo, ainda pode ser diferente.
Complicado isso!!!!!! Aham e depois dão receita de como fazer gestão? Não há receitas possíveis aplicáveis a todos!
– Mundo Complexo: A necessidade de atuar pensando no todo e entender que ações isoladas não existem mais, pois a conectividade aumentou a interdependência das situações e isso, vai impactar principalmente na complexidade da tomada de decisão.
Por último, a questão da ambiguidade: a questão de mudanças rápidas, incertezas dos cenários, necessidade de ser mais ágil traz também a questão das interpretações. Cada pessoa, cada equipe carrega consigo suas experiências e estas, somadas aos seus conhecimentos gera diferenças nas interpretações, o que pode virar conflito.
Sempre digo para meus alunos: “perguntem-se sempre E SE?” Porque questionar as interpretações é tão importante quanto entender os impactos das mesmas.
Eu confesso a vocês que não é fácil acompanhar todas essas novidades e, que nem todas as pessoas conseguem, principalmente àquelas que tem o pensamento mais linear e estão “fechados” em seu mindset mais antigo. Essas dificuldades estão relacionadas a vários fatores, mais alguns fáceis de encontrar são:
– à baixa flexibilidade das empresas;
– à carência de lideranças inovadoras e,
– acredito que a mais encontrada, a acomodação, que leva a não decidir em tempos de mudança e manter o negócio como está, afinal, em time que está ganhando não se mexe não é?
Não, não é! A falta de criatividade nos negócios é no momento o maior problema nas empresas. Veja como foi a minha experiência como dona de um negócio!
No âmbito organizacional, o caminho é criar um ambiente favorável ao compartilhamento e a criação de novos conhecimentos, bem como ao aprendizado coletivo. Além disso, é essencial o desenvolvimento contínuo dos profissionais e a criação de processos integrados, que possibilitem ao máximo a formação de uma cultura organizacional dinâmica, colaborativa e voltada a resultados.
Sendo assim, a Gestão do Conhecimento tem sido aplicada gerando resultados bem positivos, utilizando-se dos ativos intangíveis como força motriz.
1 – É preciso resiliência para lidar com a volatilidade;
2 – Flexibilidade para lidar com a incerteza;
3 – Multidisciplinaridade para lidar com a complexidade e,
4 – Coragem para lidar com a ambiguidade.
LEMBRE-SE: NÃO HÁ RESPOSTAS E NEM EXPLICAÇÕES PRECISAS PARA TUDO, O APRENDIZADO VEM DA AÇÃO E POR ISSO É PRECISO ESTAR ABERTO A COMETER ERROS E A COMEÇAR DE NOVO.